quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CENÁRIOS - Chance de racionamento de energia no Brasil em 2015 é maior, dizem consultores

SÃO PAULO (Reuters) - Um racionamento de energia no Brasil em 2015 é mais provável que em 2014, afirmam consultores especializados no setor elétrico, considerando as mais recentes previsões de chuva que indicam que o nível dos reservatórios de hidrelétricas da região Sudeste tende a iniciar o ano que vem em situação pior à enfrentada no início de 2001, ano do racionamento.
O período úmido, em que o nível das represas das hidrelétricas tende a crescer, ainda está começando de forma que um anúncio de racionamento não deve ocorrer no curto prazo. Mas se as chuvas não vierem pelo menos dentro da média histórica para o período, conforme o melhor cenário apontado pelas previsões atuais, um racionamento em 2015 será necessário, segundo consultores.
"O risco é muito maior que no ano passado. Neste ano, as térmicas conseguiram gerenciar o problema. Ano que vem, se passarmos por isso de novo (nível de represas caindo no mesmo ritmo que no último período úmido), as térmicas não dão mais conta", disse o diretor da consultoria Excelência Energética, Erik Rego. Ele acredita que uma confirmação para possível racionamento tende a esperar as chuvas de dezembro.
Desde o início de outubro, mês em que a pluviosidade tende a ficar mais intensa no país, apenas o Sul recebeu chuvas acima da média. No Sudeste, onde fica o principal parque gerador de hidreletricidade do país, as previsões de chuvas têm sido frustradas e ficando mais pessimistas a cada semana. As atenções agora se voltam para novembro, quando as chuvas têm que ser mais frequentes e regulares para recuperar represas.
Um racionamento de energia seria um dos principais desafios que a presidente reeleita Dilma Rousseff enfrentaria em 2015, uma situação que também limita a retomada da atividade industrial e o crescimento da economia.
Na pior das hipóteses, se o comportamento de chuvas no atual período úmido ficar muito abaixo da média, similar ao do ano passado, a tendência é que o ritmo de redução do nível das represas continue fortemente. Esse cenário de chuvas muito abaixo da média ainda não é esperado, mas se ocorrer, o país não terá condições de passar pelo próximo período de estiagem, que começa em abril, sem reduzir o consumo de energia, dizem analistas.
No período úmido 2013/2014, o nível dessas represas no Sudeste passou de 45,05 por cento em outubro de 2013 para 38,77 por cento em abril deste ano, ou seja, não houve recuperação.
Na melhor das hipóteses, caso as chuvas venham pelo menos na média e o nível das represas se recupere a quase 40 por cento até abril, conforme ocorreu em abril deste ano, o país poderia escapar de racionamento, dizem os especialistas. Porém, o cenário ainda tenderá a ser de preços altos de energia no mercado de curto prazo em 2015 e 2016.
Atualmente, o nível das represas no Sudeste/Centro-Oeste está em 19,8 por cento. Esse nível é pior que o verificado ao final de outubro de 2001, ano do racionamento, e também pior que o registrado em outubro de 2000, ano pré-racionamento.
Como as chuvas mais fortes costumam ocorrer a partir de novembro e dezembro, ainda há chances das represas elevarem o nível. Mas para terminar o ano melhor que no final de 2000, as represas do Sudeste teriam que subir quase 9 pontos percentuais, o que não representaria necessariamente um alívio.
Em 2000, o nível dos reservatórios do Sudeste fechou o ano 28,52 por cento. O período úmido 2000/2001 teve recuperação das represas até março, quando o nível chegou a 34,53 por cento. O racionamento foi decretado em junho, quando o nível dessas represas caiu abaixo dos 30 por cento.
DILÚVIO
Para o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello, a situação para 2015 é crítica, mas um anúncio de racionamento só tenderia a ocorrer em abril ou maio do ano que vem, após o período úmido.
"Temos mais térmicas, mas a carga (de energia) é maior... A única variável que esperamos é chover no verão que está entrando, e tem que chover um dilúvio, tipo Arca de Noé, para respirarmos aliviados", disse.
A consultora da Engenho Consultoria, Leontina Pinto, acredita que a situação para atendimento dos consumidores durante os horários de pico de energia já neste verão poderá enfrentar problemas. Isso porque vários reservatórios de hidrelétricas do país já estão abaixo dos 20 por cento, quando a produtividade da geração fica afetada. Além disso, durante o verão, o consumo de energia tende a aumentar, o que já está acontecendo em outubro diante de altas temperaturas.
"O confortável é estar acima de uns 40 por cento, mas dificilmente a gente vai chegar nisso (...) Acho que não chega no ano que vem, porque as chuvas não estão vindo... A menos que caia um dilúvio, não será sensato não racionar", disse ela.
Para o consultor Adriano Pires, um dos principais colaboradores do plano de governo de Aécio Neves na área de energia, são as chuvas do verão que vão definir se o país vai ou não ter de passar por outro racionamento de energia. "Para evitar o racionamento, as represas do Sudeste e do Centro-Oeste tem de estar a cerca de 30 por cento em abril", disse.
Pires disse também que, caso as temperaturas subam muito no verão, os picos de consumo causados pelo uso de aparelhos de ar condicionado podem até causar pequenos apagões, por conta de sobrecargas. "Não teremos térmicas adicionais para entrar no horário de pico, já que elas já estão funcionando", disse.
Os recordes de demanda máxima instantânea de energia diários costumam ocorrer no verão, quando as temperaturas aumentam fortemente. Em fevereiro deste ano, ocorreram recordes consecutivos de demanda máxima instantânea de energia no país, quando o calor ficou acima da média impulsionando o consumo.
Em 4 de fevereiro, um blecaute afetou entre 5 milhões e 6 milhões de pessoas em diversas regiões do país, depois de curto-circuitos em linhas de transmissão no Tocantins. Na ocasião, o governo afirmou que o desligamento orquestrado das linhas de transmissão evitou um apagão ainda maior.
NÃO PODE ATRASAR
O gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, alerta para a necessidade de que novos projetos de geração e transmissão de energia previstos para 2015 entrem sem atraso para dar segurança ao abastecimento de energia do país, com equilíbrio no balanço oferta/demanda.
Cuberos avalia, no entanto, que há atrasos que podem limitar a expansão da sobra de energia prevista no ano que vem, com base em levantamento próprio utilizando informações divulgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o andamento das obras.
A hidrelétrica Belo Monte, por exemplo, teria que iniciar a operação de algumas turbinas no ano que vem, a partir de fevereiro. Mas o projeto está atrasado, segundo relatório de fiscalização da Aneel de outubro, e a previsão é de que a operação comercial da primeira turbina inicie apenas em fevereiro de 2016.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão do governo federal que fala sobre o tema, tem reafirmado a cada mês que o risco de haver qualquer falta de energia no país em 2015 está abaixo dos 5 por cento considerado aceitável para o sistema elétrico.
Questionado nesta segunda-feira sobre chances de racionamento no país, o Ministério de Minas e Energia, reafirmou que "apesar das adversidades climáticas, existe equilíbrio estrutural no sistema capaz de assegurar o suprimento das necessidades do país".
Segundo o ministério, há uma sobra estrutural de 6.600 MW médios para atender à carga prevista para 2014, de cerca de 65.800 MW médios de energia. No ano, entraram em operação cerca de 5.266 MW ou 87,8 por cento do total de 6 mil MW de nova capacidade instalada de geração prevista.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também reafirmou, por meio de assessoria de imprensa, que um racionamento de energia não está sendo considerado.
Fonte: Uol.

Especialistas temem racionamento de energia em 2015 – Brasil Econômico

Comentário: Será que, finalmente, alguém mais, além do ILUMINA, desconfia do número mágico chamado garantia física? Na frase “algumas empresas geradoras estão dando como garantia física um volume maior do que podem ofertar” a única imprecisão é que a tal da garantia física não é uma “oferta” das usinas, mas sim um cálculo de escritório.

Quanto à discussão sobre se vai ter ou não racionamento, o ILUMINA entende que quando empresas consumidoras cancelam a produção para “vender energia”, um racionamento ocluso já está em curso. 


Ex-diretor da Cesp diz que algumas geradores estão garantindo mais do que podem ofertar

Além da queda significativa nos níveis dos reservatórios — que ameaçam o abastecimento de água da Grande São Paulo e de cidades no Rio de Janeiro e em Minas Gerais — o volume de energia disponível pode ser menor do que se pensa, ampliando o risco de racionamento em 2015. O alerta é do ex-diretor da Cesp e especialista no setor elétrico Antônio Bolognesi, que afirma que algumas empresas geradoras estão dando como garantia física um volume maior do que podem ofertar. “Sei que há usinas que geram abaixo da energia assegurada e isso acaba distorcendo as informações”, disse, durante o seminário “Cenários da água e da energia”, promovido pela consultoria GO Associados na semana passada. Os motivos para o descasamento vão desde o fato de a usina não ter a eficiência que deveria ao aproveitamento hidrológico não ser o previsto.

Por isso, diz ele, independentemente de quem vença as eleições, será necessário discutir mudanças no sistema elétrico. Bolognesi cita um estudo da Consultoria PSR, feito no início deste ano, que já apontava a necessidade de se fazer um racionamento entre 8%e 10%do consumo total no primeiro semestre de 2014: “Se tivermos em2015 um ano com precipitação média, é possível passar sem necessidade de racionamento. Caso contrário, se a estiagem se mantiver, pode, sim, ter racionamento. Mas aí, pode ser necessário economizar acima de 10%”. Professor da Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC, Armando Franco, acrescenta que o fato da economia estar com desempenho muito fraco também contribui.

“O que acontece é que a nossa economia está crescendo muito pouco: isso diminui a demanda e segura os problemas. Caso estivéssemos com a demanda como em 2010 e 2011, seria catastrófico”, disse. Segundo Armando, os reservatórios estão no mesmo nível de 2001, ano do racionamento. “Não tivemos racionamento em 2014 porque a evolução do consumo ficou abaixo do esperado. Além disso, a dependência da energia das Hidrelétricas diminuiu porque agora há fontes alternativas.” Ele lembra que em 2001, a oferta de energia hidrelétrica era de 80%, e neste ano é de 67%, com o restante sendo atendido principalmente por termoelétricas. Patrícia Büll

Crise energética vai pesar no bolso dos consumidores em 2015, afirmam especialistas

Em meio à crise energética brasileira, que de 2013 até 2014 já causou prejuízos de quase R$ 70 bilhões devido à ausência de uma política pública adequada para o setor, e a possível necessidade de um novo racionamento de energia no país, serão os consumidores comuns que acabarão pagando a conta mais alta. É o que alertaram especialistas nesta terça-feira, dia 7 de outubro, durante o XVI Encontro de Energia do Estado do Rio de Janeiro (ENERJ), realizado pelo Conselho Empresarial de Energia da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). De acordo com o presidente do Conselho e idealizador do Encontro, Edson Tito Guimarães, o aumento da tarifa de energia, já existente para as distribuidoras, chegará ao bolso do contribuinte em 2015.
“Devido à crise do setor energético, a tarifa de energia deve aumentar a partir do ano que vem. Por causa dos baixos níveis de água nos reservatórios e, consequentemente, da baixa eficiência apresentada pelas usinas hidroelétricas, as empresas distribuidoras de energia tiveram problemas de caixa para poder cobrir os custos do acionamento de usinas termelétricas”, ressaltou Guimarães.

Edmilson Moutinho dos Santos, Edison Tito Guimarães e Paul Louis Poulallion 
Na ocasião, o diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (Inee), Pietro Erber, disse que o país não deve sofrer com apagões, mas alertou que, para que haja mais segurança, é preciso um maior investimento público e privado.
“O que poderá haver é um racionamento no ano que vem, caso a demanda cresça significativamente, o que não é muito provável pela situação da economia”, disse.
Ele ressaltou ainda que o que agrava a situação energética do Brasil hoje é a dependência das hidrelétricas e o quadro hidrológico desfavorável, em razão do baixo nível dos reservatórios. 
Especialistas públicos e privados do setor elétrico participam do evento
Para o ex-diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ex-presidente da Light, Jerson Kelman, o consumidor deverá colher os benefícios das mudanças adotadas pelo governo no setor elétrico em 2013. Ele se referiu às usinas operadas por Cesp, Copel e Cemig, que não aceitaram antecipar as renovações em 2012 pela proposta do governo que reduziu em 20% as tarifas. Com o vencimento dos contratos delas em 2015, a tendência é de redução dos preços das tarifas para os consumidores.
  
“O país está passando por uma situação hidrológica adversa, com efeitos no custo da energia térmica, represado, para os próximos anos”, disse Kelman.
O presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) destacou que o consumo de gás natural no Brasil subiu 11% nos sete primeiros meses do ano, impulsionado pelas usinas termelétricas, que continuam operando à carga máxima. Ele advertiu para a perda de competitividade industrial no país, envolvendo as indústrias que fazem uso intensivo do gás natural.
“O governo deve repensar a política energética do país”, concluiu.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

BNDES terá linha com condições favoráveis para energia solar


A afirmação foi feita pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim

Rio de Janeiro - O BNDES divulgará em breve linha de financiamento com condições "favoráveis" para estimular a participação de projetos de energia solar no leilão de outubro e a produção local de equipamentos, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

A linha utilizará recursos do Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e que tem finalidade de garantir recursos para apoio a projetos de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação de mudanças climáticas.
O fundo possui dotação orçamentária de 560 milhões de reais, segundo o BNDES. O presidente da EPE afirmou que a modelagem do financiamento aos projetos de energia solar interessados no leilão de outubro já está pronta e precisa apenas de uma aprovação da diretoria do BNDES.
"O BNDES tem uma proposta de conteúdo nacional e queremos internalizar a produção local (de equipamentos de energia solar)", afirmou Tolmasquim a jornalistas em evento do Centro de Pesquisa em Energia Elétrica (Cepel) da Eletrobrás.
Segundo ele, o banco deve anunciar os detalhes em breve da linha de financiamento, que será "mais barata e mais interessante". Ele não deu detalhes sobre o montante que estará disponível no Fundo Clima para fomentar a expansão solar no país.
Tolmasquim afirmou que a energia solar deverá ser uma realidade no país em breve, assim como ocorreu com a energia eólica.
"Espero que o efeito seja o mesmo que houve na eólica, onde ganhamos escala com leilões e o preço foi caindo. O ganho de escala para eólica se deu em três anos. Em nível mundial, o preço da solar está caindo e temos um nível de insolação melhor. É um questão de tempo", disse Tolmasquim.
O preço-teto do leilão ainda não foi definido, de acordo com o presidente da EPE.
O resultado do leilão de outubro será essencial para definir o papel desse segmento na matriz energética nacional e qual será o peso do país nos planos de investidores e fabricantes de equipamentos na expansão de seus negócios nesta área, afirmaram agentes do setor à Reuters em meados deste mês.

TAPAJÓS O presidente da EPE se mostrou ainda animado com a possibilidade de o governo federal conseguir licitar ainda esse ano, provavelmente no último trimestre, a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no Pará, Estudos ambientais já foram feitas no sentido de viabilizar o leilão do projeto estruturante, de 6, 1 mil megawatts (MW). O governo federal vem lutando há algum tempo pela viabilização do empreendimento no Norte do Brasil.
"Tem chances fortes de sair o leilão de Tapajós esse ano. Está andando e é viável sair para o final do ano, no último trimestre", afirmou Tolmasquim.
No final de junho, o governo federal havia previsto que os estudos ambientais para a hidrelétrica de Jatobá, no rio Tapajós, devem ser entregues ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) até o fim de setembro. A usina de 2,3 mil megawatts (MW) deverá compor, junto com São Luiz do Tapajós o complexo do Tapajós.

Nova Iorque 'abre' informações de 10 mil projectos de solar

A informação relativa a perto de 10 mil projectos de energia solar fotovoltaica, que fizeram parte das inscrições aos programas de incentivo ao solar, nos últimos 10 anos, está agora numa plataforma aberta de dados. Entre outros materiais, a Autoridade de Investigação e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova Iorque (NYSERDA) disponibiliza neste portal um mapa de instalações locais e gráficos referentes aos megawatts instalados por sector, por região.

Segundo a NYSERDA, este dados, frequentemente requisitados por empresas do solar, ajudam a identificar as áreas que potencialmente se vão desenvolver e expandir, ou, ainda, comparar instalações e fabricantes de produtos.

Os recursos podem também ser vantajosos a nível académico, servindo como base de estudo e análise, ou para o Operador Independente do Sistema de Nova Iorque, para perceber o impacto do fotovoltaico na rede, por área geográfica. 

A acção faz parte da estratégia governamental para apoiar o sector privado na criação de uma indústria solar sustentável, 'alimentada' pelo mercado, em detrimento de subsídios estatais, segundo avançou a entidade. 

Recorde-se que, desde o lançamento do NY-Sun em 2012, um programa desenhado para aumentar a representatividade do solar fotovoltaico em Nova Iorque, um total de 316 megawatts de nova capacidade foram instalados (ou estão em fase de contrato), um valor que ultrapassa o total instalado em toda a década anterior.

De acordo com a NYSERDA, foi dado aval a um financiamento de mil milhões de euros a ser aplicado até 2023, para atingir o objectivo de 3 gigawatts de capacidade instalada. 





Onda de energia solar avança

Usina de Energia Solar Cidade Azul em Tubarão é a maior do Brasil.
 Foto: Caio Marcelo, BD, 20/08/2014
As amplas oportunidades de geração de energia solar no Brasil, a rejeição crescente da população a fontes mais poluentes como térmicas a diesel e a carvão e o avanço das tecnologias no exterior sinalizam um cenário promissor para investimentos em unidades solares, especialmente em residências e empresas.

O presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), Mauro Passos, vê amplo potencial na geração solar. Sempre atento ao que acontece lá fora, ele informa que o setor fotovoltaico (de placas solares) nos Estados Unidos já emprega 143 mil trabalhadores e fatura US$ 15 bilhões (R$ 34 bilhões) por ano. Esses dados foram revelados pelo presidente da associação americana de energia solar, Rhone Resch. – Com o leilão específico para energia solar em outubro o Brasil começa a se apresentar como um novo e promissor mercado na América Latina. Os principais players globais do setor estão atentos ao que irá acontecer no leilão – observa Passos.
Para ele, o Brasil deveria investir mais na produção de placas fotovoltaicas ou atrair companhias de fora que desenvolvam essas tecnologias. Além disso, precisa formar técnicos para fazer as instalações.

Mercado de energia solar está aquecido e já há falta de suprimentos



Projetos de instalação desse tipo de geração se popularizam no mundo todo. Crescimento no setor este ano deve ser de 29%.


Assista aqui: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/sergio-abranches/2014/08/21/MERCADO-DE-ENERGIA-SOLAR-ESTA-AQUECIDO-E-JA-HA-FALTA-DE-SUPRIMENTOS.htm

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Torne-se Independente, Gere sua Própria Energia





Energia solar reduzirá consumo de energia em Mogi das Cruzes

Da Agência Ambiente Energia – Os moradores do conjunto habitacional Cocuera, em Mogi das Cruzes, foram recebidos, no dia 24/7, pela EDP para celebrar a implantação do “Boa Energia Solar” na cidade. Na ocasião, a empresa realizará um evento gratuito e aberto a toda comunidade para apresentar detalhes sobre o projeto, que será instalado nas residências do local, bem como conscientizar as famílias contempladas a respeito da utilização racional e segura da energia.

No total, as ações irão beneficiar cerca de 600 famílias previamente selecionadas pelo projeto. Com a instalação de 600 equipamentos de aquecimento solar, compostos por placa coletora, reservatório térmico, chuveiro inteligente e toda a infraestrutura necessária para o seu funcionamento, será possível substituir o chuveiro elétrico, considerado um dos maiores vilões do consumo de energia em residências.

“O programa também prevê a entrega de 600 kits com lâmpadas fluorescentes compactas, que são mais eficientes, contribuindo ainda mais para a economia de energia e para uma redução do valor da conta de luz dessas famílias de 25% a 30%”, complementa Solange Gonçalves, Gestora Executiva de Medição e Serviços Comerciais da EDP.

Dúvidas sobre a conta de luz

No evento foram realizadas palestras sobre economia de energia e consumo consciente, além de dicas de segurança em trabalhos que exijam intervenções na rede elétrica. Também será instalada uma tenda onde os participantes poderão tirar suas dúvidas em relação à fatura de energia.

Para as crianças serão promovidas oficinas lúdicas para incentivar a consciência energética e orientação sobre o uso correto de equipamentos elétricos, como chuveiro, geladeira e lâmpadas. Os jovens, por sua vez, poderão participar de uma “gincana elétrica”, que abordará questões referentes à utilização consciente e segura da energia.


“A energia solar está, cada vez mais, se tornando uma realidade no mundo e a EDP entende que é essencial contribuir para o desenvolvimento das regiões onde atua. Por isso, desenvolve projetos que unem sustentabilidade, por meio de fontes renováveis, e conscientização das comunidades locais”, ressalta Solange Gonçalves.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Uso de energia solar ganha espaço no Brasil


O uso de energia solar vem sendo cada vez mais difundido no Brasil, de modo que vários fatores contribuem para tal reconhecimento. São muitas as causas que justificam a expansão da energia solar no País, tendo como a principal o clima quente com grande incidência de sol durante o ano todo.

Assista o vídeo clicando abaixo:  

http://www.sbt.com.br/sbtvideos/media/d2cdfc5eee351dd67124d6a60954547e/Uso-de-energia-solar-ganha-espaco-no-Brasil.html

sábado, 31 de maio de 2014

Estrada do futuro: Painéis solares onde podes conduzir

E se a estrada que usas todos os dias fosse feita de vidro super resistente, tivesse painéis solares, ou seja, gerasse eletricidade, e tivesse luzes LED para transmitir sinais de alerta quando há aproximação de perigos inesperados?

Isso é o que um casal de engenheiros desenvolveu e agora está à procura de investidores no site Indigogo.


Estes painéis solares podem ser instalados em estradas, estacionamentos, calçadas, ciclovias, parques infantis, literalmente qualquer superfície que apanhe sol.

As estradas feitas com os painéis solares pagam-se a si mesmos, principalmente através da geração de eletricidade, que pode alimentar residências, empresas ou carros elétricos ligados através de calçadas e estacionamentos.


Mas estes painéis têm muito mais para além das células solares, têm ainda:

1 – Elementos de aquecimento, tornando as estradas livres de neve ou gelo no inverno;

2 – Luzes LED para fazer linhas na estrada e sinalização;

3 – Armazenar e tratar águas da chuva poluídas;

4 – Proporcionam local para armazenar cabos de internet e de eletricidade, evitando os cabos aéreos que são mais sujeitos ao mau tempo e à queda de árvores.

Os “blocos”, que depois compõem a estrada, são fabricados com vidro reciclado.

Um estudo realizado no Reino Unido mostrou que os marcadores de LED nas estradas reduziram os acidentes noturnos em 70 %.


Se houver algum perigo na via, como por exemplo a presença de um animal ou um acidente súbito com outros carros, a estrada inteligente “sente” isso e avisa os condutores para abrandarem. Isto vai salvar a vida de inúmeros animais e manter as pessoas mais seguras.





A própria configuração dos estacionamento pode ser alterada conforme a necessidade, e os campos de jogos podem ser alterados conforme o desporto que se quer praticar.








Assista ao vídeo:









terça-feira, 13 de maio de 2014

Autoridades do Rio inauguram Projeto Maracanã Solar

Usina elétrica de geração solar ajudará a iluminar o estádio

A fonte de energia renovável, com capacidade para gerar até 500 megawatts por hora ao ano, está composta por 1.552 módulos fotovoltaicos distribuídos em uma área de 2.380 metros quadrados sobre o anel que suporta a cobertura do estádio.

O sistema de última geração para captar energia solar foi montado em uma estrutura metálica de 183 toneladas.

O gerador é capaz de atender o consumo anual de 240 residências e ajudará a iluminar o Maracanã durante as partidas e os grandes eventos dos próximos anos, incluindo o Mundial e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, segundo um comunicado do governo regional.

Trata-se do Projeto Maracanã Solar, uma iniciativa conjunta do Governo do estado do Rio de Janeiro, a distribuidora elétrica Light e o multinacional Electricité de France (EDF), uma das parceiras da Light.
As duas empresas elétricas financiaram o projeto, que teve um custo de R$ 12 milhões.

"É uma forma de dar prioridade à sustentabilidade do Maracanã", afirmou o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, na cerimônia de inauguração da usina.

Para o diretor do Grupo EDF no Brasil, Patrick Simon, a iniciativa mostra o compromisso da empresa francesa com as energias renováveis.

"O Maracanã Solar é um projeto inovador que marca a inserção da energia solar, uma fonte inesgotável, limpa e gratuita, na matriz energética do estado do Rio de Janeiro", disse Marco Antonio Donatelli, representante de Light.

O governo do Rio de Janeiro considera o Maracanã um lugar ideal para mostrar suas políticas de desenvolvimento sustentável.

"É uma grande conquista ver hoje o estádio mais famoso do mundo e terceiro local mais visitado do Rio de Janeiro combinando tecnologia com história do futebol. Será, sem dúvida, a usina solar mais conhecida do Brasil", afirmou o subsecretário de Projetos Especiais do governo do Rio de Janeiro, Rodrigo Vieira.


O Maracanã já conta com outras iniciativas para garantir sua sustentabilidade, como uso racional de água, reciclagem de água captada de chuva, aproveitamento de materiais reciclados e iluminação com lâmpadas eficientes.

Obama apresenta plano para tornar EUA líder em energia solar

"Estamos nos transformando em um líder global em energia solar, mas temos mais trabalho a fazer", declarou o presidente dos Estados Unidos.


Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta sexta-feira um plano para melhorar a eficiência energética e impulsionar a produção e o consumo da energia solar no país, com o objetivo de reduzir as emissões de carbono e consolidar o país como "líder global" no uso dessa fonte renovável.

"Estamos nos transformando em um líder global em energia solar, mas temos mais trabalho a fazer", declarou Obama em um discurso em Mountain View, na Califórnia, onde apontou o ano 2020 como meta para escorar essa estratégia.

O presidente, que antecipou há meses sua meta de reduzir em 17% até 2020 as emissões de gases que ocasionam o efeito estufa, em relação aos níveis de 2005, apresentou hoje uma série de iniciativas com as quais espera contribuir para esse objetivo, fundamental para sua promessa eleitoral de lutar contra a mudança climática.

Obama anunciou um investimento de US$ 2 bilhões para reduzir o consumo em edifícios federais, e 300 alianças com dúzias de empresas, que gerarão mais de 850 megawatts de energia solar, o suficiente para alimentar 130 mil casas.

"Estes projetos mostram que há formas rentáveis de combater a mudança climática e criar emprego ao mesmo tempo", assegurou o presidente em um centro comercial da cidade.

"A longo prazo, isso será bom para a economia", acrescentou, ao rejeitar os argumentos dos que se opõem aos investimentos em energias renováveis devido a seu custo.

"E, se não agirmos, a ascensão do nível do mar, a seca, os incêndios, as tempestades graves; tudo isso será ruim para a economia".

Entre os anúncios, que não requerem a aprovação do Congresso, estão propostas para usar mais energia solar em casas populares ou para pessoas de poucos recursos, e o compromisso de uma dúzia de companhias para aumentar seu uso da energia solar, entre elas Apple, Google, Yahoo!, Ikea e Wal-Mart.

"Hoje, não importa onde você viva ou onde faça negócios, a energia solar é cada vez mais barata e mais fácil de usar. Como cada vez mais negócios, cooperativas rurais e lares optam por essa fonte, os preços baixam cada vez mais, e empregos são criados", argumentou.

Os empregos no setor da energia solar aumentaram 20% nos EUA em 2013, segundo Obama, que acredita que a instalação de mais painéis solares pode reempregar os empregados da construção que ficaram desempregados após a explosão da bolha imobiliária.

"A cada quatro minutos, outro lar ou empresa americana passa a ser alimentado por energia solar, e cada painel é colocado por um trabalhador cujo emprego não pode estar no exterior", ressaltou.

O presidente lembrou, além disso, que o custo de um sistema de energia solar caiu 50% nos últimos três anos, enquanto a geração de eletricidade a partir dessa fonte nos EUA se multiplicou por dez desde 2009.

Uma das ações executivas anunciadas hoje permitirá ao Departamento de Energia organizar programas de formação em 400 centros públicos de educação superior de todo o país, a fim de formar 50 mil novos trabalhadores da indústria solar até 2020.

Obama também promoveu hoje sua iniciativa para melhorar a eficiência energética dos edifícios do país em 20% até 2020, à qual se somaram vários estados, cidades e organizações que implementarão essa estratégia em uma área "equivalente a 17 mil campos de futebol", segundo a Casa Branca.

Além disso, o presidente revelou o investimento de mais US$ 2 bilhões nos próximos três anos em melhoras de eficiência energética dos edifícios federais, o que eleva a US$ 4 bilhões o investimento total nesse área até 2016 e, segundo Obama, permitirá economizar "bilhões de dólares" em custos de energia.


Obama fechou, com esses anúncios, uma semana na qual se concentrou em impulsionar sua estratégia contra a mudança climática, a partir da publicação na terça-feira de um relatório elaborado por cientistas de todo o país, segundo o qual os efeitos da mudança climática já são sentidos em todos os cantos dos EUA.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Projeto de Lei determina sistema de aquecimento de água por energia solar em habitações populares no Mato Grosso


Foi apresentado na última semana pelo deputado Dilmar Dal Bosco, presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, projeto de lei que determina a instalação de sistema de aquecimento de água por energia solar em habitações populares no Estado.


Segundo Dal Bosco, o objetivo é diminuir os impactos ambientais causados na geração de energia elétrica por meio das hidrelétricas e outras fontes não renováveis, investindo numa fonte de energia limpa, renovável e gratuita.

De acordo com o projeto, as instalações serão dimensionadas para cobrir pelo menos 35% da demanda anual de energia das casas. Os equipamentos deverão ter sua eficiência comprovada por órgãos credenciados pelo Inmetro e Procel.

“Medidas semelhantes já foram adotadas pelos Estados do Rio de Janeiro, Piauí, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais”, afirma o deputado. Segundo ele, em Mato Grosso, mesmo sem uma legislação específica, alguns municípios, como Rondonópolis, já vêm incorporando esse sistema.


Fonte: http://www.neosolar.com.br/blog/projeto-de-lei-determina-sistema-de-aquecimento-de-agua-por-energia-solar-em-habitacoes-populares-no-mato-grosso/