quinta-feira, 18 de setembro de 2014

BNDES terá linha com condições favoráveis para energia solar


A afirmação foi feita pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim

Rio de Janeiro - O BNDES divulgará em breve linha de financiamento com condições "favoráveis" para estimular a participação de projetos de energia solar no leilão de outubro e a produção local de equipamentos, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

A linha utilizará recursos do Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e que tem finalidade de garantir recursos para apoio a projetos de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação de mudanças climáticas.
O fundo possui dotação orçamentária de 560 milhões de reais, segundo o BNDES. O presidente da EPE afirmou que a modelagem do financiamento aos projetos de energia solar interessados no leilão de outubro já está pronta e precisa apenas de uma aprovação da diretoria do BNDES.
"O BNDES tem uma proposta de conteúdo nacional e queremos internalizar a produção local (de equipamentos de energia solar)", afirmou Tolmasquim a jornalistas em evento do Centro de Pesquisa em Energia Elétrica (Cepel) da Eletrobrás.
Segundo ele, o banco deve anunciar os detalhes em breve da linha de financiamento, que será "mais barata e mais interessante". Ele não deu detalhes sobre o montante que estará disponível no Fundo Clima para fomentar a expansão solar no país.
Tolmasquim afirmou que a energia solar deverá ser uma realidade no país em breve, assim como ocorreu com a energia eólica.
"Espero que o efeito seja o mesmo que houve na eólica, onde ganhamos escala com leilões e o preço foi caindo. O ganho de escala para eólica se deu em três anos. Em nível mundial, o preço da solar está caindo e temos um nível de insolação melhor. É um questão de tempo", disse Tolmasquim.
O preço-teto do leilão ainda não foi definido, de acordo com o presidente da EPE.
O resultado do leilão de outubro será essencial para definir o papel desse segmento na matriz energética nacional e qual será o peso do país nos planos de investidores e fabricantes de equipamentos na expansão de seus negócios nesta área, afirmaram agentes do setor à Reuters em meados deste mês.

TAPAJÓS O presidente da EPE se mostrou ainda animado com a possibilidade de o governo federal conseguir licitar ainda esse ano, provavelmente no último trimestre, a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós, no Pará, Estudos ambientais já foram feitas no sentido de viabilizar o leilão do projeto estruturante, de 6, 1 mil megawatts (MW). O governo federal vem lutando há algum tempo pela viabilização do empreendimento no Norte do Brasil.
"Tem chances fortes de sair o leilão de Tapajós esse ano. Está andando e é viável sair para o final do ano, no último trimestre", afirmou Tolmasquim.
No final de junho, o governo federal havia previsto que os estudos ambientais para a hidrelétrica de Jatobá, no rio Tapajós, devem ser entregues ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) até o fim de setembro. A usina de 2,3 mil megawatts (MW) deverá compor, junto com São Luiz do Tapajós o complexo do Tapajós.

Nova Iorque 'abre' informações de 10 mil projectos de solar

A informação relativa a perto de 10 mil projectos de energia solar fotovoltaica, que fizeram parte das inscrições aos programas de incentivo ao solar, nos últimos 10 anos, está agora numa plataforma aberta de dados. Entre outros materiais, a Autoridade de Investigação e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova Iorque (NYSERDA) disponibiliza neste portal um mapa de instalações locais e gráficos referentes aos megawatts instalados por sector, por região.

Segundo a NYSERDA, este dados, frequentemente requisitados por empresas do solar, ajudam a identificar as áreas que potencialmente se vão desenvolver e expandir, ou, ainda, comparar instalações e fabricantes de produtos.

Os recursos podem também ser vantajosos a nível académico, servindo como base de estudo e análise, ou para o Operador Independente do Sistema de Nova Iorque, para perceber o impacto do fotovoltaico na rede, por área geográfica. 

A acção faz parte da estratégia governamental para apoiar o sector privado na criação de uma indústria solar sustentável, 'alimentada' pelo mercado, em detrimento de subsídios estatais, segundo avançou a entidade. 

Recorde-se que, desde o lançamento do NY-Sun em 2012, um programa desenhado para aumentar a representatividade do solar fotovoltaico em Nova Iorque, um total de 316 megawatts de nova capacidade foram instalados (ou estão em fase de contrato), um valor que ultrapassa o total instalado em toda a década anterior.

De acordo com a NYSERDA, foi dado aval a um financiamento de mil milhões de euros a ser aplicado até 2023, para atingir o objectivo de 3 gigawatts de capacidade instalada. 





Onda de energia solar avança

Usina de Energia Solar Cidade Azul em Tubarão é a maior do Brasil.
 Foto: Caio Marcelo, BD, 20/08/2014
As amplas oportunidades de geração de energia solar no Brasil, a rejeição crescente da população a fontes mais poluentes como térmicas a diesel e a carvão e o avanço das tecnologias no exterior sinalizam um cenário promissor para investimentos em unidades solares, especialmente em residências e empresas.

O presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), Mauro Passos, vê amplo potencial na geração solar. Sempre atento ao que acontece lá fora, ele informa que o setor fotovoltaico (de placas solares) nos Estados Unidos já emprega 143 mil trabalhadores e fatura US$ 15 bilhões (R$ 34 bilhões) por ano. Esses dados foram revelados pelo presidente da associação americana de energia solar, Rhone Resch. – Com o leilão específico para energia solar em outubro o Brasil começa a se apresentar como um novo e promissor mercado na América Latina. Os principais players globais do setor estão atentos ao que irá acontecer no leilão – observa Passos.
Para ele, o Brasil deveria investir mais na produção de placas fotovoltaicas ou atrair companhias de fora que desenvolvam essas tecnologias. Além disso, precisa formar técnicos para fazer as instalações.

Mercado de energia solar está aquecido e já há falta de suprimentos



Projetos de instalação desse tipo de geração se popularizam no mundo todo. Crescimento no setor este ano deve ser de 29%.


Assista aqui: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/sergio-abranches/2014/08/21/MERCADO-DE-ENERGIA-SOLAR-ESTA-AQUECIDO-E-JA-HA-FALTA-DE-SUPRIMENTOS.htm