sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

BC adianta: energia em 2015 deve saltar 27,6%

Brasília. O Banco Central prevê alta nos preços administrados em 2015, que deverão subir, pela nova estimativa, 9,3%. A projeção anterior era de uma alta de 6%. Para 2016, a previsão é de uma alta menor, de 5,1%, quando comparada à estimativa de 5,2%, anterior.
Na ata divulgada ontem, a primeira do ano, o Banco Central mudou a forma como costuma construir o parágrafo que detalha os preços administrados e passou a inserir explicações para algumas projeções. Entre as alterações da autoridade monetária, ela voltou a fazer projeções para a gasolina, algo que havia sido retirado de documentos anteriores, em função de polêmicas em torno das perspectivas do BC para os combustíveis.

No fim do mês passado, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) trouxe a informação de que a projeção de alta dos preços administrados deste ano subiu de 6% para 6,2%, enquanto a para 2016, avançou de 4,9%, para 5,2%. Já no Relatório de Mercado Focus, da última segunda-feira, a mediana das estimativas para esses preços em 2015, subiu de 8,20%, para 8,70%, enquanto a mediana para 2016, caiu de 5,90%, para 5,80%.
Itens administrados
Pela primeira vez, o BC apresenta suas projeções abertas para os itens administrados ou monitorados pelo governo de 2015. De acordo com a ata, a tarifa de energia elétrica vai sofrer um reajuste de 27,6% este ano - as expectativas para esse insumo em 2014 passaram por seis revisões consecutivas até o fechamento do ano. No caso de telefonia fixa, a previsão da diretoria do BC é de uma alta de 0,6%, em 2015.
Para formar seu cenário para os preços administrados, o BC informou que levou em conta hipótese de elevação de 8%, no preço da gasolina. Até a ata da reunião anterior do Copom, a instituição limitava-se a relatar a variação desses itens dentro de um limite de tempo.
O BC ainda explicou no documento que a alta da gasolina é reflexo de incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e da PIS/Cofins. Disse ainda que no caso da energia, a projeção se explica devido ao repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
Comportamento
Mudança de hábitos no lar é obrigatória
A dona de casa Marleide Silva, 49, diz que os aumentos acabam forçando o consumidor a abrir mão de regalias como, por exemplo, a TV por assinatura e ar condicionado. "Aumenta o salário mínimo, mas as altas de preços são maiores".
Marleide Silva
Dona de Casa

Fonte: Diario do Nordeste

Nos EUA, empresas oferecem energia solar aos funcionários


São Paulo - Em outubro, três companhias americanas incluíram um benefício incomum a seus funcionários. Agora, quem trabalha para a 3M, dona de marcas como Post-it e Durex, a empresa de tecnologia Cisco e a fabricante de produtos de higiene Kimberly-Clark pode ter em casa painéis para converter a luz solar em energia elétrica por um preço 35% menor do que o encontrado no mercado.
“Encorajamos nossos funcionários a agir de forma sustentável não só no nosso negócio mas também fora dele”, diz Gayle Schueller, vice-presidente global de sustentabilidade da 3M.
Para dar a seus empregados a oportunidade de usar energia limpa a um custo menor, essas companhias não tiraram um centavo do caixa. Elas tiveram apenas de se aliar a uma ideia e propagandeá-la internamente.
O desconto nos painéis está sendo oferecido por um programa concebido pela organização ambientalista WWF em parceria com a Geostellar, uma startup de energia solar dos Estados Unidos.
O raciocínio da Geostellar, responsável por vender e instalar os sistemas, é que o dinheiro perdido ao conceder o desconto será compensado pelo grande volume de clientes que deverão adotar a tecnologia solar em casa.
Além das três pioneiras, outras nove empresas aderiram ao programa nos meses seguintes. Juntas, elas somam 200 000 funcionários. Para ter um sistema de painéis solares, eles podem optar pela compra à vista ou por parcelar o pagamento em até 20 anos. Nesse caso, pagam cerca de 97 dólares por mês.
Se comparado ao gasto médio mensal de uma residência americana, a economia obtida com o uso dos painéis é de 35%. “Queremos provar que consumir energia renovável é factível e vantajoso”, diz Bryn Baker, coordenadora da área de energia renovável da WWF.

A meta é que, até outubro, 1 000 funcionários tenham energia solar em casa. Com isso, o país deixaria de emitir 74 500 toneladas de carbono por ano — o equivalente a retirar mais de 15 000 carros das ruas.
É a primeira vez que empresas se unem a uma ONG para incentivar o uso de painéis solares nos Estados Unidos. Até então, os consumidores recebiam ajuda do governo: ao comprar um sistema fotovoltaico, é possível obter 30% do valor do equipamento em créditos para ser descontados em impostos federais e estaduais.
No Brasil, não há incentivos do gênero e quem quer ter a tecnologia precisa desembolsar entre 14 000 e 100 000 reais ou encarar financiamentos com juros de até 20% ao ano.
Resultado: existem cerca de 300 microgeradores de energia solar no Brasil, ante quase 580 000 nos Estados Unidos. “A falta de incentivos e financiamentos atrativos inviabiliza a popularização da energia solar em casa no Brasil”, afirma Raphael Pintao, sócio da Neosolar, empresa que instala painéis fotovoltaicos.
A boa notícia é que, por aqui, o número de empresas que buscam incentivar seus empregados a adotar práticas sustentáveis na vida privada também vem crescendo. Desde 2010, a operação brasileira do Google deixou de descontar os 6% do salário previstos por lei dos funcionários que recebem vale-transporte para estimulá-los a usar o transporte público no deslocamento para o trabalho.
Desde 2013, a fabricante de gases industriais White Martins conseguiu quadruplicar o volume de resíduos recicláveis recolhidos em sua unidade de Contagem, em Minas Gerais, ao estimular os funcionários a trazer o lixo de casa. Cerca de 150 pessoas colaboram assiduamente com o programa e 4 toneladas já foram enviadas às cooperativas de catadores da cidade.
“O consumo consciente na vida pessoal motiva o funcionário a pensar em alternativas sustentáveis na empresa”, afirma Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu, ONG dedicada ao consumo sustentável e que, em 11 anos, orientou mais de 50 empresas a implementar programas desse tipo.

Fonte: Revista Exame

Estacionamento Solar



A Ener apresenta o sistema de Estacionamento Solar do seu parceiro ADIWATT. A Ener vende e instala os modelos de estacionamento de ADIWATT no Brasil.



Veja o vídeo: